O presente artigo tem como eixo conceitual uma breve revisão crítica do uso de termos como “precariedade”, “provisoriedade” e “gambiarra” disseminados pela crítica de arte oficial para caracterizar um conjunto de obras de arte contemporânea cuja materialidade dialoga com o uso de materiais considerados não-nobres. Através de uma abordagem pós-colonialista e tomando como estudo de caso uma série de obras do artista visual Raimundo Rodriguez, em que o uso de materiais descartados como latas de tintas servem de matéria-prima fundamental para a construção de inúmeros objetos, tornar-se-á visível os limites e problemas conceituais levantados pelos termos mencionados